O livro como o conhecemos hoje não data de muito tempo atrás. As primeiras idéias primitivas (mas não menos importantes) de livros surgiram há mais ou menos quatro mil anos atrás, na época dos egípcios. Para registrar seus documentos, largas folhas de palmeiras egípcias eram utilizadas, transformando-se depois no papiro que conhecemos hoje, que nada mais é do que o talo dessas mesmas folhas triturados, entrelaçados e secos.
Os escribas egípcios, de certa forma, já se preocupavam com o arranjo do texto na “página”, uma vez que escreviam em colunas e inseriam ilustrações em seus textos. Após terminados, os papiros eram colados uns aos outros, e eram guardados enrolados – alguns chegavam a medir 20 metros de comprimento, suuuper prático de se ler em uma viagem ou na cama.
Papiro egípcio (crédito: Wikipédia)
A substituição do papiro chegou, provavelmente, com Eumênio II, rei
de Pérgamo (197-158 a.C.), na Ásia. Ele foi obrigado a pesquisar um novo
tipo de base para seus documentos depois que Ptolomeu Epifânio, de
Alexandria, proibiu a exportação do papiro. Surgiu então o pergaminho,
ou pergamenum, a membrana pergamena. Uma pele de animal
(geralmente de um carneiro) era esticada em um caixilho, seca,
branqueada com giz, polida e alisada com pedra-pome.Os pegaminhos, por serem mais resistentes do que os papiros, podiam ser dobrados com mais facilidade, aposentando a moda do documento enrolado. Daí surgiram os códices inventado pelos gregos e romanos, onde folhas eram dobradas e juntas borda com borda em uma das margens, com blocos de madeira cobertos por cera. A palavra página,usada para denominar o lado de uma folha, vem do latim pagina, ou “algo atado”.
O papel (nome derivado de papyrus em latim ou papuros, do grego) foi criado na China em data ainda não confirmada, variando entre 200 a.C. e 104 d.C., e eram confeccionados com a casca da amoreira ou com o bambu cuja polpa esmagada era transformada em fibras, espalhada sobre um tecido e deixada assim para secar.
O nome livro deriva do latim líber, enquanto o nome book data do tempo dos saxões, derivando do saxão bok, em inglês beech tree, literalmente faia, um tipo de árvore. Na época em que esse povo viveu, os domcumentos eram escritos em tábuas feitas com essa árvore.
É chinês o livro mais antigo de que se tem notícia. O Diamond Sutra é do ano de 868 d.C., e ficou escondido por muito tempo em uma caverna fechada no noroeste da China. O conteúdo, feito de textos e ilustrações, é de cunho religioso, e é considerado um dos mais importantes do documentos do Budismo.
Diamond Sutra (crédito: Wikipédia)
O primeiro livro impresso com tipos móveis, a
Bíblia, foi produzido por Johannes Gutenberg, alemão nascido na cidade
de Mogúncia, no ano de 1455. Essa tecnologia desenvolvida por Gutenberg
derivou de seus conhecimentos em metais e de prensas utilizadas para
esmagar uvas no processo de fabricação do vinho.
A Bíblia de Gutenberg (crédito: Wikipédia)
Porém, o uso de tipos móveis já havia sido
utilizado muito tempo antes pelos asiáticos, com livros datados de 1377
pelos coreanos e impressões em blocos de madeira do século VII pelos
chineses, que também já usavam os tipos para imprimir cédulas de
dinheiro e cartas de baralho. Em 868 d.C. um cânone do budismo Thervada
fez uso de 130 mil blocos de madeira para imprimir o livro Triptaka em xilogravura.
Bem, essa foi uma pequena parte da história do livro, que com certeza
possui milhares de outros fatos que permeiam esses mais importantes que
apresentei agora. Esse diminuto resumo foi baseado no livro O livro e o designer II, de Andrew Haslam.Fonte: http://abrindoolivro.wordpress.com/2009/07/20/um-pouco-sobre-a-historia-do-livro/
Outro link interessante sobre a história do livro:
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