Agenda Cultural do Recife - Outubro 2012
Bibliotecas
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Biblioteca Popular de Afogados. Fotos: Divulgação |
Biblioteca Popular de Afogados
A criação da Biblioteca Popular de Afogados
teve sua origem baseada em experiências de bibliotecas populares que vinham do
Rio de Janeiro e São Paulo, e tinham como padrão as das cidades dos Estados Unidos.
Com isso, a Prefeitura do Recife propiciou a instalação, por intermédio da
Diretoria de Ação Cultural (DDC), de três bibliotecas populares nos bairros de
Santo Amaro, Tejipió e Encruzilhada. As ações e repercussões da DDC se
confirmaram, posteriormente, com a abertura de mais uma biblioteca, a
Biblioteca Popular de Casa Amarela, e o Projeto Ônibus – Biblioteca.
A Biblioteca Popular de Afogados teve a sua
instalação autorizada no dia 5 de março de 1952, pela Prefeitura por meio da
Lei n°1696. O projeto arquitetônico esteve sob os cuidados do arquiteto
Fernando Menezes, enquanto o mobiliário foi desenhado por Aloísio Magalhães e
sua inauguração se deu em 12 de janeiro de 1955, na administração de José
Maciel. O prédio localizado em meio a uma pequena praça traz para os
bibliotecários e para os moradores locais algumas vantagens em relação ao
acervo e ao livre acesso às estantes.
Artes cênicas
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Olivier e Lili - uma história de amor em 900 frases. Foto: Camila Sérgio |
Últimas
apresentações - Com
espectadores indo do riso às lágrimas, a peça “Olivier e Lili: Uma História de
Amor em 900 Frases”, com os atores Leidson Ferraz e Fátima Pontes, faz suas
últimas sessões de quarta a sexta-feira desta semana, dias 10, 11 e 12 de
outubro, sempre às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingressos: R$ 20 e R$ 10
(estudantes, professores e maiores de 60 anos, à venda no dia da apresentação,
a partir das 19h). A obra revela a história verdadeira de Elizabeth Mazev e
Olivier Py, hoje, dois aclamados artistas do teatro francês, numa amizade para
lá de inusitada, em diálogo com a trajetória dos intérpretes em cena. Direção
de Rodrigo Dourado.
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O Beijo no Asfalto. Foto: Américo Nunes |
Estreia
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Com direção de Claudio Lira e após ser aplaudida no Rio de Janeiro, a aguardada
peça “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, faz duas únicas sessões no
Teatro de Santa Isabel, neste sábado (13), às 20h30, e domingo (14), às 19h,
com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores e maiores de 60 anos, já
à venda na bilheteria a partir desta terça-feira). A trama mostra a reviravolta
que acontece na vida do jovem Arandir, que socorre um desconhecido atropelado
e, atendendo a um pedido deste à beira da morte, lhe dá um beijo na boca. Por
ser casado, o caso ganha espaço na imprensa, sendo explorado com extrema
crueldade. No elenco, Arthur Canavarro, Andrêzza Alves, Eduardo Japiassu, Ivo
Barreto, Pascoal Filizola, Sandra Rino, Daniela Travassos e Lano de Lins.
Produção de Renata Phaelante e Andrêzza Alves.
Serviços:
Teatro Hermilo Borba Filho
Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife
3355-3321 / 3355-3320
Teatro de Santa Isabel
Praça da República, s/n, Santo Antônio
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Foto: Breno César |
O premiado espetáculo de dança “LEVE”,
do Coletivo Lugar Comum, encenado pelas bailarinas Renata Muniz e Maria
Agrelli, poderá ser visto esta semana mais uma vez no Recife em única
apresentação, no Teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro, nesta quinta (4), às
16h. A encenação encerra o projeto aprovado pelo FUNCULTURA que possibilitou
diversas apresentações entre os meses de março e maio no Hermilo e que culmina
agora com mais essa, no SESC Santo Amaro.
A sessão desta quinta contará com
audiodescrição, proporcionando a tradução intersemiótica do que está sendo
visto em palavras que descrevem objetivamente os movimentos e a interpretação
das meninas, luz, cenário, figurinos, tudo especialmente e poeticamente pensado
para as pessoas com deficiência visual. Além de um intérprete de LIBRAS que
ensaiou todo o texto falado e as letras das músicas junto com as bailarinas
para integrar ao espetáculo a tradução simultânea na linguagem dos sinais. O
trabalho de consultoria e desenvolvimento do projeto de acessibilidade é da
VouVer, da atriz Andreza Nóbrega e da psicóloga Liliana Tavares, ambas
consultoras em acessibilidade e audiodescritoras.
“LEVE foi o primeiro espetáculo de dança
em Pernambuco a contar com o recurso da audiodescrição, durante uma das
apresentações do Palco Giratório, em 2010. Agora tornou-se o primeiro a
realizar uma temporada inteira com esse pensamento que integra a arte e a
acessibilidade comunicacional com audiodescrição e LIBRAS na concepção de cada
uma das sessões realizadas”, explica Andreza Nóbrega. Ela diz que em teatro já
há mais iniciativas, mas em dança ainda são poucos os grupos que se concentram
no debate. “Mas tudo isso vai mudando aos poucos. A orientação sobre a
importância da acessibilidade ressaltada nos próprios editais, como é o caso do
FUNCULTURA, tem feito os coletivos e artistas planejarem seus espetáculos com
essa prioridade”, completa Liliana Tavares.
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Caetana. Foto: Daniela Nader |
A Duas Companhias, de Livia Falcão e
Fabiana Pirro, comemora seus oito anos com uma temporada popular no Teatro
Barreto Júnior, no Pina, reunindo vários espetáculos do grupo. A programação
começa nesta sexta (5), às 20h, com a peça "Divinas". No sábado (6),
às 16h30 tem "Caxuxa" e às 20h o espetáculo "Caetana". No
domingo (7), mais uma sessão de "Caxuxa" às 16h30 e outra de
"Divinas" às 20h. A entrada é gratuita e essa primeira semana da
temporada é uma parceria da Duas Companhias com a Fundarpe/Governo de
Pernambuco. Na próxima semana o projeto segue em parceria com o Carrefour,
proporcionando mais uma série de apresentações gratuitas ao público de sexta a
domingo.
Nas quintas, 11 e 18 de outubro, às 20h,
a Duas Companhias leva ao Barreto Júnior as leituras dramatizadas dos textos “A
Peleja dos mil Anos”, de Cláudio Ferrario e “Um Paroquiano Inevitável”, de
Hermilo Borba Filho. Nas quartas, 10 e 17 de outubro, pela manhã, a partir das
10h, haverá aulas-espetáculo abertas para 20 participantes e mais 200 pessoas
que poderão acompanhar como espectadores. Escolas e entidades interessadas em
levar grupos para as apresentações ou para as aulas podem se inscrever pelo
email duascias@gmail.com ou pelo telefone 9949-9945.
Além dos espetáculos, leituras
dramáticas e aulas-espetáculo, a “festa” da Duas Companhias apresenta a
exposição “Risos da memória”, que ficará montada no primeiro andar do teatro,
com fotos que contam a trajetória do grupo e as afinidades e afetos reunidos ao
longo da caminhada. As fotografias são assinadas por Daniela Nader, Renata
Pires, Fred Jordão, Rodolfo Araújo, Renato Filho, Roberta Guimarães e Dudu
Schneider.
A mostra
Teatro
Barreto Júnior
4 a 21
R$ 8 (preço único) – Espetáculos
Aula espetáculo - Gratuito
O evento é resultado de oito anos de trabalho da
Duas Companhias, que promoverá a reflexão artística sobre o Teatro Experimental
e de Pesquisa na cidade. O projeto tem o intuito de proporcionar o encontro do
público com uma produção artística experimental e de qualidade. Haverá debates
e reflexões do público com os integrantes da Companhia e convidados, após cada
apresentação e evento da Mostra.
Confira a
programação:
Sex e Dom
20h - Divinas
Concepção e direção: Duas Companhias. Em clima de
brincadeira e poesia, as atrizes Lívia Falcão, Fabiana Pirro e Odília Nunes se
transformam em três palhaças contadoras de histórias. Juntas, elas atravessam
tempos e geografias diversas numa caminhada sobre a delicadeza e a força na
busca dos sonhos. (Duas Companhias – Recife/PE)
Sáb 20h
– Caetana
Texto: Weydson Barros Leal e Moncho Rodriguez, este
último também responsável pela encenação. Lívia Falcão e Fabiana Pirro atuam na
divertida peça sobre Benta, uma benzedeira que, depois de indicar o caminho do
Além para várias almas perdidas, se depara com a própria morte. A peça propõe
nos divertir com nossas próprias assombrações. (Duas Companhias – Recife/PE)
Sáb e Dom
16h30 – Caxuxa
Nesse musical para todas as idades, quatro crianças
e um homem que vivem e trabalham na rua brincam e resolvem sonhar acordados
imaginando que todo ser humano tem sempre o desejo de, em algum momento, se
sentir outro, metamorfosear-se. (Duas Companhias – Recife/PE – estreia
nacional). Texto: Ronaldo Ciambroni. Adaptação: João Falcão. Direção: Cláudio
Ferrario e Lívia Falcão.
Cinema e Vídeo
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Corumbiara. Foto: Divulgação |
Cine clube Brasil
Itália
Instituto de
Cultura Brasil Itália
Gratuito
5 9h, 17h e 19h – Noites com sol
Sérgio Giuramondo é um barão da corte do Rei
Carlos III, na Nápoles do século XVIII, que está destinado a uma bela carreira
no exército e a um casamento ilustre. Mas um dia descobre que Cristina, sua
noiva, fora amante do Rei. Desiludido, decide abandonar tudo, retorna à sua
terra natal e se ordena padre, passando a viver numa modesta casa de campo. Em
sua busca por paz interior, Sérgio enfrenta diversas provações. Inclusive as
tentações da carne, quando conhece Matilda, uma sedutora mulher.
19 9h, 17h e
19h – Capitão Corelli
Em plena 2ª Guerra Mundial, a Grécia é
invadida pela Itália, que envia para o local legiões de soldados. Inicialmente
arredio com os moradores locais, um capitão acaba se apaixonando por uma jovem
e com ela vive uma grande paixão.
A partir do dia 4 deste mês, o Sesc
Casa Amarela realiza, a partir das 19h,
mais uma edição do projeto Cineclube Coliseu. Neste mês, os filmes serão da
mostra Vicente Price: O Mestre Macabro.
O primeiro filme exibido será Dr. Morte (dia 4, classificação 18 anos), em
seguida No Domínio do Terror (dia 11, classificação 12 anos) e O Corvo (dia 18,
classificação 16 anos). A entrada é gratuita. Mais informações: (81) 3267-4400.
Nesta quinta-feira (20), às 18h30, o CinePasárgada apresenta O Beijo da Mulher-Aranha (Hector Babenco, BRA/EUA, 1985), em sessão seguida de debate com a presença do Prof. José Jacinto dos Santos, autor do livro O Beijo da Mulher-Aranha: o espaço na narrativa literária e fílmica (Ed.
UFPE, 2009). Além da oportunidade de apreciar este importante e
premiado filme de nossa história, com William Hurt e Sonia Braga no
elenco, o evento propõe um diálogo a respeito da adaptação feita a
partir do romance argentino de Manuel Puig, na maneira como a
espacialidade recebe tratamentos diferenciados entre a literatura e o
cinema.
Os
curadores do Cine, Raquel do Monte e Fernando Mendonça, compreendem que
a sessão possibilita uma importante reflexão não apenas sobre as
linguagens em jogo, mas sobre a cumplicidade que se forma entre obra e
público, entre ficção e realidade. As palavras do Prof. Jacinto, na
introdução de seu livro — fruto de uma pesquisa feita durante o seu
Mestrado em Teoria Literária —, esclarecem: “Quando lemos o livro e
assistimos ao filme O Beijo da Mulher-Aranha, permitimo-nos ser
deslocados para os espaços da narrativa a fim de que pudéssemos perceber
sua profundidade. Nosso corpo passou a estar na obra e alcança-la assim
como a veste que nos cobre o corpo. Esta é uma relação de cumplicidade
necessária para que a linguagem atue significativamente e, portanto,
seja compreendida. Os personagens nos espaços percorridos por eles se
fizeram uma verdade para nós leitores ou espectadores no momento de
nossa relação com eles. A arte nos chega quando agimos em conjunto com
ela, pois bem sabemos que percebê-la é uma questão de ação.”
Serviço
CinePasárgada
O Beijo da Mulher-Aranha (Hector Babenco, 1985)
Quinta-feira (20), às 18h30
Espaço Pasárgada — Rua da União, 263 – Boa Vista
Entrada gratuita
A
configuração da cidade contemporânea e as subjetividades que brotam a
partir da paisagem urbana são os pontos de partida do filme Medianeras. A
produção argentina será exibida no CinePasárgada nesta quinta-feira
(13), às 18h30. Ao fim da exibição a jornalista e pesquisadora Márcia
Laranjeira conversará com o público presente.
Medianeras,
lançado na Argentina em 2011 e que teve rápida passagem pelo circuito
de exibição no Recife, fala sobre solidão, amores líquidos e realidades
mediadas pelos meios de comunicação a partir da observação do cotidiano
de dois personagens, Martín e Mariana. A metáfora das janelas serve para
ilustrar a relação cidade, experiência estética e o lugar da existência
na contemporaneidade.